quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Início de Conversa


Esporte - Educação Física - Escola

Manifestação específica da cultura de movimento que, na sociedade contemporânea, vem se constituindo como principal referência, seja como prática corporal propriamente dita, seja pelos princípios e valores que expressa e ajuda a consolidar. É uma instituição social que já foi considerada o maior fenômeno cultural do século XX. Diante das múltiplas possibilidades de sua difusão, espetacularização e consumo simbólico em âmbito global – em decorrência do advento das novas tecnologias a serviço dos meios de comunicação de massa –, tende a tornar-se ainda mais importante (Pires, Neves, 2002).

O esporte entendido como campo do conhecimento da Educação Física, ainda segundo esses autores, “parece não ter sido apenas adotado como seu principal objeto de estudo e intervenção prática, como chega até mesmo a confundir-se com ele, num processo referido como esportivização da Educação Física. Desse modo, o esporte parece ter se tornado o conteúdo determinante das aulas tanto no Ensino Fundamental como no Ensino Médio. Isso, porém, não tem acontecido sem que críticas sejam feitas às conseqüências que essa transposição dos sentidos e códigos do esporte de rendimento para o âmbito escolar podem acarretar: tendência ao selecionamento/exclusão, competitivismo exacerbado, especialização e instrumentalização precoces, entre outras.” (Pires, Neves, 2002, p.54).
Criticar o esporte não significa desvalorizar a sua aprendizagem ou, mesmo, desejar sua total desportivização, mas, sim, contextualizar a vivência de sua prática nas aulas, pois esta não se restringe ao domínio de suas técnicas. Desse modo, a vivência dessas práticas corporais de movimento na escola encerra dupla alternativa: podemos continuar reforçando maneiras excludentes e preconceituosas de vivenciá-las ou apostar no potencial educativo e, particularmente, do tempo e do espaço das aulas de Educação Física como lugar de produção cultural capaz de sair de seus muros, na perspectiva da transformação dos valores sociais vigentes. Ou, ainda, como nos diz Vago (1999), estabelecer uma "tensão permanente" entre os valores produzidos a partir da escola e aqueles não escolares.
Para ser entendido como prática educativa escolar, o esporte precisa, portanto, ser situado histórica e socialmente e vivenciado criticamente a partir da compreensão de seus fundamentos e da ressignificação de seus sentidos e significados. Além disso, é preciso conhecer os benefícios e riscos das diferentes práticas esportivas, bem como analisar os valores que as orientam. É importante também, que a escola discuta o esporte como um direito garantido na Constituição brasileira de 1988, no seu art. 217. Este artigo prevê que os recursos públicos sejam prioritariamente destinados à promoção do esporte educacional.

A Lei n. 9.615/98, batizada como "Lei Pelé", regulariza o esporte em nosso país, caracterizandoo
nas seguintes manifestações:

* Esporte educacional, praticado nos sistemas de ensino e em formas assistemáticas de educação, evitando-se a seletividade, a hipercompetitividade de seus praticantes, com a finalidade de alcançar o desenvolvimento integral do indivíduo e a sua formação para o exercício da cidadania e a prática do lazer;
* Esporte de participação, praticado de modo voluntário, compreendendo as modalidades desportivas praticadas com a finalidade de contribuir para a integração dos praticantes na plenitude da vida social, na promoção da saúde e educação e na preservação do meio ambiente;
* Esporte de rendimento, praticado segundo normas gerais desta Lei e das regras de práticas
desportivas, nacionais e internacionais, com a finalidade de obter resultados e integras pessoas e
comunidades do País, e estas com as de outras nações. (BRASIL, 98, grifo nosso).

No que tange ao esporte educacional, cabe, portanto, à escola a garantia do acesso dos alunos a esse direito, orientando o seu ensino pelos princípios explicitados nessa legislação e nesta proposta. Ao assumir o esporte como uma prática educativa, consideramos que algumas ações metodológicas presentes em nossas aulas precisam ser problematizadas, objetivando ressignificá-las. Devemos discutir algumas questões com os alunos, construindo com eles outras formas para solucionar problemas, o que consistirá uma experiência rica, além de constituir uma possibilidade para ampliar a compreensão do significado de cidadania, democracia, ética, respeito às diferenças, dentre outros valores importantes em nossa sociedade.


Bibliografia:
CBC - Conteúdos Básicos Comuns

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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Apresentação

Instituto Superior de Educação Anísio Teixeira
Fundação Helena Antipoff
Curso: Educação Física - 6º Período - Noite

Estágio Supervisionado

Escola Muinicipal Hilton Rocha
Projeto Corpo e Movimento na EJA
Oficina de Esportes
Professor Orientador: Admir Soares
Académicos: Cláudio Eduardo - Evandro Luiz - Ricardo Ramos
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Totos Tuus Iesus!!!